Criar um Site Grátis Fantástico



ONLINE
2






Total de visitas: 41382
ORIXÁS
ORIXÁS

 

oxalá

 

 

 

 

 

Oxalá, na Umbanda representa o Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam.

O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô.

A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira.

Sua saudação é ÈPA BÀBÁ ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano.

Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo.

Oxalá seja na Umbanda ou no Candomblé é o mesmo Orixá. O que muda da Umbanda para o Candomblé em relação aos Orixás é a forma de manifestação (incorporação), trato, simbolos e assentamentos, vestimentas, imagens etc. Porém, a essência do Orixá é a mesma.

Em algumas formas de Umbanda Oxalá é sincretizado com Jesus Cristo. Esse sincretismo é uma herança do aculturamento sofridos pelos negros ao longo do período colonial. Uma associação ora forçada pelos Jesuítas na imposição da fé Cristã, ora um símbolo de resistência onde da imagem do Santo Católico, se cultuava os Orixás africanos (por isso as datas dos festejos dos Orixás, coincidem com as dos Santos Católicos).

A imposição e a própria resistência acabaram virando práticas populares. As imagens dos Santos Católicos se confundiram com as dos Orixás, não se sabendo onde começa um, e onde termina o outro. Porém, dentro do terreiro, ao som dos atabaques, pode até ter a imagem dos Santos, mas quem incorpora são os Orixás. Podem cantar pontos onde se escuta o nome de São Jorge, por exemplo, mas quem monta no "cavalo" é Ogum.

Hoje em dia muitos terreiros estão deixando as imagens Católicas e cultuando os Orixás baseados em seus elementos, tais como: águas de Oxum, Ferro de Ogum, Otá (pedra) de Xangô. Ou utilizando-se de assentamentos, onde ali é colocada uma parte da essência do médium e parte da essência do Orixá.

 

 

OGUM

 

 

 

 

 

Logum ou Ologum (olo = senhor, Gum = guerra, ou seja, o senhor da guerra ou guerreiro) é uma divindade da cultura Iorubá, região onde localiza-se hoje a Nigéria. Nos domínios de Obéocutá, seu culto era essencialmente agrário, como ainda o é, é a divindade do ferro, quem produz as ferramentas necessárias ao cultivo. Nesta Região, poucos são os que dominam a arte de fundir e moldar o ferro de forma manual. Por isso, todos que dominam esta técnica são protegidos de Ogum.

 

Na África, a organização teológica funciona de modo diferente à forma como se desenvolve a religiosidade afro no Brasil. Lá, as pessoas acreditam que a divindade Iorubá é um ancestral comum aos moradores da tribo, cidade, ou etnia. No caso, grande parte das pessoas que praticam as religiões "tradicionais" da região de Obéocutá, acreditam que Ogum seria seu ancestral divinizado.

 

Quanto ao mito, Ogum é lembrado como conquistador e caçador, como quem sempre defendeu os seus e sempre proveu de alimentos sua tribo. Contudo, no Brasil seu mito muda de aspecto, devido a lógica da escravidão, os africanos acabam por exaltar outros aspectos desta divindade, de forma a contemplar seus anseios, buscando se livrar dos castigos dos seus senhores, passavam então a privilegiar o aspecto guerreiro e violento da divindade.

 

Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.

 

Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas. Irreverente, pois é um orixá valente, traz na espada tudo o que busca.

 

É o protetor dos policiais, ferreiros, escultores, caminhoneiros e todos os guerreiros.

 

 

 

OXÓSSI

 

 

 

 

Oxóssi na Umbanda é considerado patrono da linha dos caboclos, atuando para o bem-estar físico e espiritual dos seres humanos.

 

Segundo esta religião, Oxóssi é figura representativa de uma das sete forças principais de Deus: a força da luta, do trabalho, da providência e da afirmação positiva. Assim, para a Umbanda, Oxóssi representa uma das sete forças primordias de Deus, pertencendo ao pólo positivo das energias espirituais, expandindo, irradiando e impelindo os seres para a construção vigorosa de seus destinos, bem como garantindo que os mais fragilizados encontrem doutrinação firme e amorosa, desenvolvendo seu saber religioso e sua fé.

 

A figura de Oxóssi tem origem na mitologia africana, para a qual seria um antepassado africano divinizado, filho de Yemanjá, irmão de Omulu-Obaluayê e rei da cidade de Oyó, localizada na África sudanesa - de onde provêm os povos nagô (keto, ijexá e oyó) e mina-jeje. Também é considerado o caçador por excelência; o arqueiro de uma flecha só - sempre certeira.

 

A Umbanda, considerada por muitos como fundada em 1908, é expressão do sincretismo ocorrido no Brasil em razão da perseguição religiosa aos cultos africanos. Por reunir elementos africanos, espiritualistas e cristãos, a figura de Oxóssi pode aparecer, muitas vezes, misturada à figura católica de São Sebastião, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e estados do demais centro -sul do Brasil, e São Jorge, no estado da Bahia.

 

 

 

OXUM

 

 

 

 

 

A Orixá Oxum é a Divindade que está assentada no pólo positivo o Trono Mineral, o Trono do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.

 

 

Seu elemento é o mineral, junto com Oxumaré, forma uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias atuam sobre os seres,  estimulado os sentidos de amor e acelerando a união e a concepção dos seres.

 

 

 

Bela, vaidosa e sensual, Oxum é a deusa do amor e a mais feminina de todas as divindades da Umbanda. Rege a fertilidade e o poder de gestação. É a senhora das águas doces, que irrigam os campos, garantindo fartura, e também do ouro. Por isso, identifica-se com todas as manifestações de riqueza.

 

 

 

Ela dá de beber às folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxóssi, esfria o aço forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluaiê, compõe a luz do arco-íris de Oxumarê. Oxum está em tudo, pois, se amamos algo ou alguém é porque ela está dentro de nós. Como o rio, que sempre caminha pro mar, a Oxum da Umbanda está diretamente ligada à Rainha do Mar, encabeçando a legião das sereias de águas doces.

 

 

 

Oxum é a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede. É a Mãe da água doce e Rainha das cachoeiras. Orixá da prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, puro, real, maduro, sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe. É Oxum que gera o nascimento de novas vidas que estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas.

 

 

 

 

YEMANJÁ

 

 

 

 

 

Seu reino são as águas salgadas, sendo para a qual ela destina os suplícios de seus filhos, para que sejam levados embora conforme os movimentos das ondas do mar.
É um arquétipo da maternidade e suas principais características são o amor, compaixão, perdão, e o constante oferecimento de aconchego e consolo a seus filhos. Yemanjá é conhecida pelos seus cantos longos que assim os faz sempre chorando e rogando a Deus por todos nós...
As pessoas que possuem o manto da vibração deste Orixá são bastante ciumentas e com temperamento geralmente calmo exceto quando sentem-se ameaçadas. Sempre discretas, porém de muito bom gosto. Sinceridade é o lema destes filhos. Não admitem de forma alguma a mentira. São muito amorosos, grandes conselheiros, protetores e tratam os filhos dos outros com igualdade aos seus.

 

MARINHEIROS

 

 

 

 

 

A Linha dos Marinheiros da Umbanda engloba espíritos que trabalham no auxílio a encarnados e desencarnados, a partir do seu magnetismo aquático e de seus conhecimentos sobre a manipulação do Mistério das Águas.

 

 

 

Nela se apresentam espíritos que em últimas encarnações foram marinheiros de fato, navegadores, oficiais, pescadores, povos ribeirinhos, canoeiros, ex-piratas etc.

 

 

 

É o arquétipo do homem litorâneo, daquele que sobrevive do mar e dos rios.

 

 

 

A Linha dos Marinheiros tem a Regência direta dos Orixás Yemanjá e Omolu.

 

 

 

Yemanjá rege “a parte de cima” do mar e Omolu rege “a parte de baixo”.

 

 

 

Yemanjá rege o mar (“calunga grande”) e dá sustentação e amparo aos espíritos que nele viveram de forma positiva, extraindo de suas águas recursos para alimentar vidas.  

 

 

 

Omolu rege a terra (“calunga pequena”) e sustenta o eterno vai-e-vem das águas. Mas também atrai para os seus domínios os espíritos que se utilizaram do mar de forma negativa, alimentando apenas seus instintos inferiores.

 

 

 

Esta Linha de Trabalho é também chamada de “Povos da Água” e está relacionada a outras Mães das Águas: Oxum (águas doces), Nanã (lagos e lagoas), Yansã (água da chuva), Oyá-Tempo (água do sereno). Mas sua principal Regente é Yemanjá.

 

 

 

Os Marinheiros trabalham ainda sob influência das Forças Naturais que enfrentam no mar, tais como: as calmarias (Mistério de Oxalá); os raios (Mistério de Xangô); os tufões (Mistério de Yansã); os ciclones (Mistério de Oyá-Tempo); os bancos de areia (Mistério de Omolu); os recifes de corais (Mistério de Obá); os sargaços (Mistério de Oxóssi); as correntes marinhas (Mistério de Ogum).

 

 

 

Para lidar com essas energias, os Marinheiros precisam do conhecimento e da licença dos Orixás Regentes.

 

Portanto, ser um Marinheiro de Umbanda requer “preparo”!...

 

 

 

Nos Terreiros, a chegada dos Marinheiros traz uma alegria contagiante. Abraçam a todos, brincam com um jeito maroto, gingando pra lá e pra cá, PARECENDO embriagados.

 

 

 

 

PRETOS VELHOS

 

 

 

 

 

 

Pretos velhos ou Pretos-velhos são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos[1] que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. São divindades purificadas de antigos escravos africanos.[2] Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".

 

O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o caboclo está associado aos índios e o baiano aos imigrantes nordestinos.[3]

 

São entidades que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do Tríplice Caminho (AUMBANDHAM - alegria e pureza + fortaleza e atividade + sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes. Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de "guiné" (pedaços de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente brinda com seus "filhos" em nome da vitória que está por vir.

 

São os mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em seus benzimentos.

 

Os Pretos Velhos: Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.

 

Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns incorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. Estas se dividem em três níveis:

 

As Crianças – chamadas beijada, são espíritos ditos mortos quando ainda criança que representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.

 

Os Caboclos – onde se incluem os Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do índio ou soldado.

 

Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.

 

A grande maioria dos terreiros de Umbanda, assim também suas entidades possuem a fé Cristã, ou seja, acreditam e cultuam Oxalá (no sincretismo com o catolicismo Jesus). Entidades aqui tomada no sentido de espíritos que auxiliam aos encarnados, o mesmo que guia de luz. Segundo o pesquisador Rafael Dias, o preto velho é uma espécie de metáfora afro-brasileira de Jesus Cristo.[3]